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quarta-feira, 15 de junho de 2011

A Fundação de Pequeri

São Pedro do Pequeri nasceu e cresceu sob os influxos da Estrada de Ferro Leopoldina . As terras para a constituição do patrimônio foram doadas pelo Capitão Marcelino Dias Tostes e por Manoel Gervásio da Silva, por escritura de 10 de setembro de 1887.
(Conforme consta no livro : Sertões de Leste- de Miguel Falabella de Castro).
É possível que tenha sido num 29 de junho, data consagrada a São Pedro, que os fazendeiros Manoel Gervázio  da Silva Fialho e Marcelino Dias Tostes, donos das fazendas de São Pedro e do Pequeri, respectivamente, tenham manifestado desejo de fundarem um povoado que tomou o nome de suas propriedades, elegendo, assim, o santo padroeiro.
É bem possível que durante a construção da estação a vontade de criar um  povoado tenha se manifestado entre os dois fazendeiros compadres, justamente na divisa entre as duas propriedades.
E, para consagrar o povoado ao cristianismo, ergueram um cruzeiro enquanto a construção de uma igreja era projetada por um arquiteto português Manoel Rodrigues, cuja obra durou cerca de 8 anos.
Um dos fatores que deve ter estimulado  a fundação do povoado foi a existência, nas proximidades, de um acampamento de trabalhadores da empreiteira construtora de estrada de ferro.Quando o trem chegou pela primeira vez a Pequeri, em 07 de julho de 1879, a estação ganhou o nome de São Pedro do Pequeri. Mais de 20 casas já circundavam a primitiva  estação.
Os dois fazendeiros, senhores absolutos da terras, doaram o quinhão necessário para o patrimônio da igreja consagrada a São Pedro Apóstolo.A escritura foi lavrada , em 1888, por ocasião da inauguração do templo.
Centralizando o embarque da café de Sarandira e Mar de Espanha, o povoado progrediu rapidamente.
Fonte :Jornal Tribuna de Minas, 1990, e livro Sertões do Rio Cágado
                                                     Imigração italiana :
Segundo o professor e jornalista Júlio César Vanni – diretor da Revista Comunittà Italiana –, o município de Pequeri abrigou pelo menos 630 famílias italianas desde o início de sua história, que se destacaram em diversas atividades como a agricultura, a construção civil, o comércio e a indústria, deixando na cidade um grandioso número de descendentes.  
O mais relevante, no entanto, foi a contribuição destes italianos a partir daí, não somente para a economia local, mas em toda a região. Julio Equi, Luigi Carrara e Ângelo Equi eram provenientes de Fornaci di Barga, na província de Lucca. Chegaram ao Brasil em 1876, atraídos pelas novas oportunidades em um país promissor, que então contava com uma imperatriz de origem napolitana, Maria Tereza Cristina, casada com o imperador D. Pedro II. O caminho do progresso brasileiro estava sendo traçado pela construção de ferrovias. Sabendo disso e antecipando a realidade que despontava na Zona da Mata de Minas Gerais, conseguiram autorização para mascatear nas localidades da região. Em pouco tempo já tinham estabelecido contatos importantes junto às famílias mais tradicionais.
Do primeiro armazém, rapidamente ampliaram os negócios para fábrica de licores finos, plantio de café, padaria, cervejaria e até a instalação de uma casa bancária. Criaram a primeira banda de música do povoado, formada exclusivamente por italianos, ajudaram na construção da primeira igreja, financiaram a primeira gráfica, etc. Também não demorou muito para que o sonho do império econômico atraísse outras centenas de italianos.
Uma vez estabelecidos na região, os italianos rapidamente disseminaram seus hábitos e práticas na música, comida típica, bebidas e cultura em geral. No início do século 20, eles já estavam espalhados em outras localidades da região e do estado de Minas Gerais. Júlio Equi retornou para a Itália, mas deixou em Pequeri, mais do que uma estrutura industrial e comercial à italiana, uma tradição como herança, que agora – para o bem dos fatos e da comunidade – precisa ser recuperada.  
Fonte : www.pequeri.mg.gov.br/index
                                                               Transferências
Nos primórdios de sua organização urbana, o arraial passou à categoria de povoado e, em 1890 foi elevado à categoria de Distrito, pertencente a Juiz de Fora, com a denominação de São Pedro em 15 de maio de 1890. Ainda pertencendo a Juiz de Fora, toma o nome de São Pedro do Pequeri em 11 de agosto de 1890. Cinco meses depois, com o mesmo nome, o distrito passou a pertencer a Mar de Espanha, em 31 de janeiro de 1891.
Em 7 de setembro de1923 teve a sua denominação reduzida para Pequeri e anexada ao município de Bicas.
Em 1945 passou a denominar Vila Pequeri.
A Lei Estadual nº 1039, de 12 de dezembro de 1953 transformou Pequeri em cidade.
                                           Manoel Gervásio e Marcelino Dias Tostes, os fundadores
Fonte: www.férias.tur.br/informacoes/pequeri.mg


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