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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
Paisagens Rurais
Paisagens da estrada de chão que liga Pequeri à Levi Gasparian, no Estado do Rio de Janeiro.
Por sinal, a Estação de Serraria foi a primeira estação da Linha do Centro da Estrada de Ferro D. Pedro II nas terras do pão de queijo: Em estilo chalé inglês, foi aberta em 1874 e servia também a Estrada de Ferro Leopoldina. Em 1904, a Estrada de Ferro Leopoldina deixou de utilizá-la. A bela estação serve atualmente como moradia.
E aqui, a Estação de trem em Serraria na divisa de Minas com Estado do Rio.
Por sinal, a Estação de Serraria foi a primeira estação da Linha do Centro da Estrada de Ferro D. Pedro II nas terras do pão de queijo: Em estilo chalé inglês, foi aberta em 1874 e servia também a Estrada de Ferro Leopoldina. Em 1904, a Estrada de Ferro Leopoldina deixou de utilizá-la. A bela estação serve atualmente como moradia.
Detalhe é o que vale: Apesar de pertencer ao município de Santana do Deserto (É a porta de entrada da cidade), Serraria é coladinha com Levy Gasparian, no estado do Rio de Janeiro.
Obs: Esta última foto com texto é do Blog : Relatos de Viagem
Texto: Luiz Antonio DoriaFotos: Jorge Ferreira
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Lugares
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
PUBLICAÇÕES A PEDIDO.
(Quando Pequeri pertencia a Sarandira)
REPRESENTAÇÃO DO COMMERCIO DE SARANDY. 1889
Ilmos. Srs.
Presidente e mais vereadores da câmara municipal do Juiz de Fora. – À presença
de V.V.S.S. vêm os abaixo assinados, negociantes estabelecidos no distrito do
Sarandy, deste município, reclamar contra o abuso cometido por muitos
fazendeiros, que, sem pagarem impostos contra o que dispõe o código de posturas
municipais, tem verdadeiros estabelecimentos comerciais em suas fazendas, a
título de “armazém para fornecimento aos empregados”, mas onde comerciam em
toda a sorte de artigos, lesando assim os interesses do comércio lícito, que,
por estar sobrecarregado de impostos onerosos é intuitivo que não pode competir
com quem dolosamente se furta ao pagamento deles.
Dos fiscais do
distrito, de quem os abaixo assinados tem por mais de uma vez solicitado
providências contra tão abusivo procedimento, nada esperamos signatários da
presente representação, porque, ou estes agentes municipais interpretam mal o
espírito da legislação vigente, ou esta é realmente deficiente para a repressão
deste e outros semelhantes abusos.
Seja, porém, como
for, aos abaixo assinados – leigos em matéria de legislação – o que parece de
justiça, é:
-Que ninguém possa
comerciar sem pagar os direitos relativos á profissão de comerciantes. O contrário
disto é estabelecer exceções odiosas em favor de determinadas classes com
reconhecido gravame dos interesses de outras.
Todas as classes
produtoras são outros tantos fatores da riqueza dos municípios, e conseguintemente
do país. Pode cada uma delas produzir e usufruir a maior soma de conseqüentes
frutos de sua maior ou menor atividade, mas isto dentro da órbita que lhes é
traçada pelos poderes públicos, com o fim de evitar o choque de interesses
particulares, do qual resulta mais tarde ou mais cedo o decrescimento da renda
pública.
No caso vertente
se esta ilma. Câmara não der imediatas providências no sentido de por um
paradeiro a este estado de cousas, tem de ver em breve diminuída a sua renda,
pela supressão de muitos estabelecimentos comerciais do município, que, além de
se verem a braços com uma crise assustadora, tem ainda de arcar com a
concorrência de uma infinidade de comerciantes não tributados.
Mas, ainda isto
não é tudo, ilmos.srs. Uma clausula de vendedores de gêneros do país anda por
aí de estação em estação e de fazenda em fazenda, mascateando gêneros por
amostra, sem pagamento de imposto de espécie alguma; isto sem falarmos nos
mascates de fazendas e outros artigos que, quer deste município, quer de
municípios estranhos, se servindo mesmo meio capcioso para se furtarem ao
cumprimento da lei. E quando o comércio se queixa aos respectivos agentes
municipais, respondem-lhes isto: ‘Individualize’.
A
individualização, em semelhantes casos, ilmos. srs., como a querem os agentes
municipais, repugna no caráter dos abaixo assinados como ao de todo o homem que
se presa.
Exercendo uma
profissão honesta, e quiçá honrosa, de que pagam avultadíssimos impostos, eles
supõem o que devem encontrar na lei e seus executores o corretivo bastante
eficaz contra a lesão de seus interesses, sem que lhes necessário representar o
degradante papel de denunciantes.
É por isso que os
abaixo assinados generalizando os fatos, vem respeitosamente pedir a esta ilma.
Câmara que lhes faça a dívida.
Justiça.
E. R. M.
Julio Equi &
Irmãos.
João Guilherme
Bezerra Paes.
Francisco Martins
da Silva.
José Carrara &
Irmão.
Ernesto Breyer.
Arantes &
Andrade.
José Teixeira Roza.
Manoel Tavares
Corrêa.
Antonio Caput.
Manoel Anastácio
Corrêa.
João José Antunes.
Antonio Guilherme
Rangel.
Laudelino José de
Freitas.
Maria Augusta.
Virgílio Dutra de
Moraes.
João Moreira
Casemiro.
João B. Lucas
Linhares.
Adriano de Mesquita
Menezes.
Luiza Martins.
Joaquim Ferreira
Tavares.
Francisco Curcio.
Joaquim da Silva
Fontes.
José Severiano.
Jornal “O Pharol” de
Juiz de Fora. 05/03/ 1889 – N. 54 – Páginas 2 e 3.
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Retalhos da Memória
domingo, 23 de dezembro de 2012
Quisera Senhor
Quisera Senhor
Senhor, quisera neste Natal armar uma árvore dentro do meu coração e nela pendurar, em vez de presentes, os nomes de todos os meus amigos.
Os amigos de longe e os de perto.
Os antigos e os mais recentes.
Os que vejo a cada dia e os que raramente encontro.
Os sempre lembrados e os que as vezes ficam esquecidos.
Os constantes e os intermitentes.
Os das horas difíceis e os das horas alegres.
Os que sem querer magoei ou, sem querer me magoaram.
Aqueles a quem conheço profundamente e aqueles que me são conhecidos apenas pelas aparências.
Os que pouco me devem e aqueles a quem muito devo.
Meus amigos humildes e meus amigos importantes.
Os nomes de todos os que já passaram pela minha vida.
Uma árvore de raízes muito profundas, para que seus nomes nunca mais sejam arrancados do meu coração.
De ramos muito extensos, para que novos nomes, vindos de todas as partes, venham juntar-se aos existentes.
De sombra muito agradável, para que nossa amizade seja um momento de repouso, nas lutas da vida.
Que o natal esteja vivo em cada dia do ano novo que se inicia, para que as luzes e cores da vida estejam presentes em toda a nossa existência e concretizem, com a ajuda de Deus, todos os nossos desejos.
FELIZ NATAL!!!
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Mensagem
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
Anúncio antigo
ANÚNCIO PUBLICADO NO JORNAL O GUARARÁ DE 16-6-1892
COLÉGIO SÃO PEDRO
SÃO PEDRO DO PEQUERY
DIRETOR E PROPRIETÁRIO: ARTHUR GOSLING
DIPLOMADO PELO CONSELHO DE INSTRUÇÃO PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA
DA CAPITAL. ACEITAM-SE ALUNOS INTERNOS, MEIO PENSIONISTAS
E EXTERNOS PARA O ENSINO PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO ALÉM DE PREPARATIVOS
PARA ACADEMIAS E ESCOLA NORMAL DO ESTADO.
PARA O SEXO FEMININO
CURSO PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO
INTERNOS 130$000
SECUNDÁRIO :90$000
O ENSINO MINISTRADO SEGUNDO O MÉTODOINTUITIVO ALEM DE TRABALHO DE COSTURA
EOUTRAS PRENDAS DOMÉSTICAS.
OBJETIVOS: ORNAR O CARATER, O ESPIRITO E AO MESMO TEMPO FORMAR-LHES O CORAÇÃO
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Viajando no Tempo
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Coronel Fernando Equi ( Notícia antiga de jornal)
"CORONEL FERNANDO EQUI.
Chega-nos neste momento, a
triste noticia do fallecimento de um cidadão estimavel, victimado pela
cruel epidemia que de tempos a esta parte
escolheu varios pontos do nosso Estado para arrebatar preciosas vidas, como o era a do coronel Fernando Equi.
Todos quanto conheceram o illustre finado, cujos dotes excepcionaes
eram devidamente apreciados, receberam o seu passamentocomo um
desses golpes que custam a cicatrizar-se, considerando-se, na sociedade onde elle vivia, um claro difficilmente preenchivel.
Registrando com sincero pesar o obito de tão distincto cavalheiro,
apresentamos a sua desolada viuva, filho e demais parentes as nossas
con-
dolências pelo luctuoso acontecimento.
Recebêmos do
sr. Lopes Neves a seguinte nota, que demonstra quão sentida foi a morte
do illustre cidadão mui justamente acatado e estimado.
"S. Pedro so Pequiry, 28 de abril de 1900.
Illustre redactor - Acaba essa população dee passar um desses
dolorosos transes, para o qual não há lenitivo possivel: já não é do
numero dos
vivos Fernando Equi.Victimou-o a terrivel epidemia
que ora grassa nesse povoado, onde já tem feito um grande numero de
victimas. Apesar de to-
dos os socorros medicos, foi imposssivel arrancar a morte essa
preciosa existencia que nos era tão cara, finando-se com elle as
alentadoras espe-
ranças que nutriamos de ver ainda S. Pedro do Pequiry readquirir o seu brilho antigo.
Mentalidade superior, dotado de elevado tino administrativo,
conseguiu Fernando Equi impor-se entre os seus pares, occupando logar
saliente
pelos raros dotes que soube consubstanciar a sua
pessoa. As lettras que tinham nelle um distincto cultor, o commercio
local que o encarava como
um dos seus mais emeritos, sinão o mais proeminente representante;
o povo e a colonia italliana que o adoravam como a Providencia nas suas
vi-
cisssitudes, muito perdem com essa indizivel desgraça
que nos vai pesar para sempre, com esse claro impreenchivel
inesperadamente aberto no
seio da nossa sociedade.
Tanto quanto quem, o
espirito conturbado pela dôr, troceja essas apoucadas linhas conhecieis o
illustre morto, cujo passamento tanto lamenta-
mos; por isso, passo a fornecer-vos esclarecimentos sobre sua vida.
Fernando Equi era natural de Fornaci di Barga, provincia de
Succa (Italia), e filho de Antonio Equi e Annunziata Botastini. Veio
para o Brasil aos
9 annos e presentemente contava 31 annos de
edade. Ligado ao seu irmão Julio Equi, fez parte da importante firma
commercial Julio Equi & Ir-
mãos, da qual era actualmente o socio gerente. Desenvolveu grande
actividade no commercio, collocando a sua casa em o pé em que se acha,
de
modo a ser considerada um dos primeiros estabelecimentos commerciaes
desta zona. Espirito emprehendedor, concorreu para a fundação da
importante fabrica de bebidas aqui existente, promoveu ao lado de
seu irmão grande parte do progresso desta localidade, onde, a par de
grande
prestigio, gosava de geral estima e do respeito a que
faziam jus as suas elevadas qualidades. Occupou diversos cargos de
confiança popular e
exercia ultimamente o de agente executivo deste districto, onde
desenvolveu subido criterio e não commum tino administrativo, promovendo
diver-
sos melhoramentos locaes e acudindo á população nas
actuaes emergencias em que nos achamos com todos os soccorros e com um
zelo só
capaz das almas verdadeiramente superiores.
Foi socio fundador e presidente da varias associações de beneficencia, entre as quaes a "S.I.de B. Dante Alighieri", neste logar, e a "Società
Operaja di Mutuo Soccorso", de Fornaci.
Falleceu hontem e sepultou-se hoje, ás 11 horas da manhã. Deixa viuva e um filho.
Queira illustre redactor, acceitar os protestos de subida consideração do vosso attento admirador - Lopes Neves".
_ Jornal O Pharol de Juiz de Fora. Número 255 - Página 2 - 01/05/1900
Transcrito conforme o jornal, inclusive "Succa".
Trata-se a epidemia mencionada da Febre Amarela.
Espero que esta nota, embora trágica, seja proveitosa à história de Pequery
Abraços,
Tarcizio Mancini.
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