Páscoa
A palavra Páscoa vem do Hebraico e significa “passagem” a
“passagem” foi a libertação do povo de
Israel, nação escolhida por Deus, das mãos opressoras do Egito. Deus enviou
Moisés para libertar aquele povo sofrido da escravidão e levá-los a então
sonhada Terra Prometida. Porém, não foi tão fácil: Faraó não queria perder o
braço escravo do Egito. Então, Deus enviou as 10 pragas. A partir do capítulo
11 de êxodo, encontramos o relato da décima praga: A morte dos primogênitos e
para que o povo de Israel não morresse Deus pediu para que cada família
sacrificasse um cordeiro sem defeito. O sangue do cordeiro deveria ser passado
nas ombreiras das portas para ser o sinal de que ali morava alguém que temia
Deus. Todo aquele que fizesse isso, estaria salvo de que seu filho primogênito
morresse. Deus feriu a terra do Egito, conforme havia determinado. Quando esse
fato ocorreu, Faraó libertou o povo escolhido por Deus. Dando origem a
comemoração da Páscoa para o povo Hebreu. Jesus, ao vir a este mundo, foi
apresentado como “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”
– aquele Cordeiro que foi morto pelo povo de Israel simbolizava Jesus.
Jesus foi morto, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna. Jesus, hoje é a nossa Páscoa! No evangelho de Mateus, capítulo 26, é narrada a celebração da última Páscoa de Jesus aqui na
terra. A partir do versículo vinte e seis encontramos a instituição da Páscoa
pelo senhor Jesus. Jesus oferece sua vida, simbolicamente representada pelo pão
e o vinho, ambos sem fermento que representam seu corpo e sangue, os quais Ele
entregou na Cruz pelos nossos pecados. Portanto, comemorar a Páscoa significa
entender que na ressurreição está a Cruz e o Sacrifício. Significa festejar a
nova vida que o Sacrifício de Jesus nos garante através de sua Ressurreição.
Creia que o poder que ressuscitou Jesus Cristo da morte é o mesmo poder que
deseja habitar em você. Jesus Cristo morreu por nós! Esse é o maior ato de amor
que o Universo já presenciou. O sangue do Cordeiro protegeu os moradores que o
colocaram em suas portas. Hoje, o sangue de Jesus nos garante a vida Eterna...!
A origem dos ovos de Páscoa
Apesar de tantos formatos, o ovo de páscoa sempre esteva ligado à celebração da vida.
Na Páscoa, a celebração da morte e
ressurreição de Cristo serve como um momento especial para que os
cristãos reflitam sobre o significado da vida e do sacrifício daquele
que fundou uma das maiores religiões do mundo. Contudo, muitos não
conseguem visualizar qual a relação existente entre essa celebração de
caráter religioso com o hábito de se presentear as pessoas com ovos de
chocolate.
Para responder a essa pergunta, precisamos voltar no tempo em que o
próprio cristianismo estava longe de se tornar uma religião. Em várias
antigas culturas espalhadas no Mediterrâneo, no Leste Europeu e no
Oriente, observamos que o uso do ovo como presente era algo bastante
comum. Em geral, esse tipo de manifestação acontecia quando os fenômenos
naturais anunciavam a chegada da primavera.Não por acaso, vários desses ovos eram pintados com algumas gravuras que tentavam representar algum tipo de planta ou elemento natural. Em outras situações, o enfeite desse ovo festivo era feito através do cozimento deste junto a alguma erva ou raiz impregnada de algum corante natural. Atravessando a Antiguidade, este costume ainda se manteve vivo entre as populações pagãs que habitavam a Europa durante a Idade Média.
Nesse período, muitos desses povos realizavam rituais de adoração para Ostera, a deusa da Primavera. Em suas representações mais comuns, observamos esta deusa pagã representada na figura de uma mulher que observava um coelho saltitante enquanto segurava um ovo nas mãos. Nesta imagem há a conjunção de três símbolos (a mulher, o ovo e o coelho) que reforçavam o ideal de fertilidade comemorado entre os pagãos.
A entrada destes símbolos para o conjunto de festividades cristãs aconteceu com a organização do Concilio de Niceia, em 325 d.C.. Neste período, os clérigos tinham a expressa preocupação de ampliar o seu número de fiéis por meio da adaptação de algumas antigas tradições e símbolos religiosos a outros eventos relacionados ao ideário cristão. A partir de então, observaríamos a pintura de vários ovos com imagens de Jesus Cristo e sua mãe, Maria.
No auge do período medieval, nobres e reis de condição mais abastada costumavam comemorar a Páscoa presenteando os seus com o uso de ovos feitos de ouro e cravejados de pedras preciosas. Até que chegássemos ao famoso (e bem mais acessível!) ovo de chocolate, foi necessário o desenvolvimento da culinária e, antes disso, a descoberta do continente americano.
Ao entrarem em contato com os maias e astecas, os espanhóis foram responsáveis pela divulgação desse alimento sagrado no Velho Mundo. Somente duzentos anos mais tarde, os culinaristas franceses tiveram a ideia de fabricar os primeiros ovos de chocolate da História. Depois disso, a energia desse calórico extrato retirado da semente do cacau também reforçou o ideal de renovação sistematicamente difundido nessa época.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola
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